Claro que os ovos de chocolate são uma tradição muito mais antiga que esta história. Trocar ovos era uma tradição pagã, que servia para comemorar a chegada da primavera e só em 325 os cristãos apoderaram-se da imagem do ovo para representar a ressurreição de Cristo. Ovos de chocolate, uma tradição que iniciou-se na França no século XVIII - antes disso, eram de galinha mesmo: na China, eram cozidos com beterrabas para tomar a cor vermelha; na Inglaterra, o rei Eduardo I (900-924) adquiriu o hábito de presentear a corte com ovos banhados a ouro ou enfeitados com pedras preciosas.
Em 1885 o Czar Alexandre III encomendou ao joalheiro Peter Carl Fabergé o primeiro ovo de páscoa como presente para a Czarina, sua esposa, Maria Feodorovna. A imperatriz, muitíssimo impressionada com o presente, que levou o czar a nomear Fabergé como o "fornecedor da corte", passou a encomendar ovos todos os anos, determinando que fossem únicos e que contivessem uma surpresa.
Foi assim que esse hábito muito peculiar, caro e ostensivo começou. Isso se perpetuou com Nicolau II que presenteava Alexandra Feodorovna, sua esposa.
O resultado desse trabalho de ourivesaria, do qual, além de Fabergé, faziam parte os artesãos Michael Perkhin, Henrik Wigström e Erik August Kollin, foram as incríveis obras de arte que hoje circulam em museus, coleções e fundações das mais diversas, os ovos Fabergé.
Você vê abaixo alguns desses ovos, cuidadosamente elaborados com uma combinação de esmalte, metais e pedras preciosas: